terça-feira, 19 de março de 2013

Sobre o amor


Esses dias, me peguei definindo o amor pra mim mesma... Antes de tudo, eu não estou apaixonada. Pelo menos, não da maneira como se imagina que alguém esteja quando escolhe um tema como esse para abordar. Chega a ser contraditório, eu sei, falar sobre amor sem pensar no objeto desse amor. Mas, o próprio amor é contraditório. Então, minha contradição deve ser perdoada. 

O amor é o sentimento mais lindo que eu conheço! Não existe sensação melhor do que a de estar com o coração preenchido! É maravilhoso ter um sentimento como esse pra alimentar. O coração bate mais rápido, o sangue flui mais facilmente, a cabeça tá sempre ocupada com pensamentos felizes, as músicas ganham um sentido diferente... Nossa mente se transforma no lugar mais aconchegante do mundo e a gente passa a querer estar nela 24h. Não é à toa que dizem que uma pessoa apaixonada fica dispersa. É que seus próprios pensamentos se tornam tão convidativos, que passam a ser seu único foco de atenção. Assim, a gente passa a dedicar horas e mais horas planejando cenas, criando expectativas, idealizando o futuro... Como é sublime!

Podem discordar de mim e levantar 1001 argumentos sobre a dependência da reciprocidade para que o amor seja tão saudável assim. Mas, não vão mudar minha opinião. O amor enquanto amor não precisa de reciprocidade. A gente ama porque ama, não porque o outro ama. Essa é a essência desse sentimento! 

O grande problema de todo mundo é superestimar mais o objeto do amor do que o próprio amor. Ter esse objeto se torna mais importante do que simplesmente amar. Ao invés de esperar que o amor seja eterno, a gente espera a eternidade da pessoa amada. Talvez seja esse o motivo da tristeza quando perdemos alguém... O sentimento continua no peito, mas a pessoa não está mais ao lado. 

Isso não muda a beleza do amor, mas faz com que deixemos de alimentá-lo. Aí, ele enfraquece e morre... O coração, antes preenchido, fica vazio e os pensamentos tão convidativos passam a ser reprimidos e considerados dolorosos. A dor é pela perda, não pela falta de amor. Esse é o risco que corre quem ESTÁ apaixonado. Um risco que eu não corro mais, desde que percebi que eu SOU apaixonada! Vivo numa relação quase como uma função metalinguística: o objeto do meu amor é o próprio amor. Sou apaixonada pelo amor e dedico a ele esse texto. Beijos.

2 comentários:

Amanda Albuquerque disse...

Confesso que sorri quando tu disse no post "eu SOU apaixonada". Adoro ver pessoas que acreditam no amor, sendo ele recíproco ou não.
Acredito nele mesmo ele sendo doloroso, é o que me faz sentir que sou humana. E quando não existe a reciprocidade, não deixo ele morrer. Amor nunca é demais, em todas as suas formas.

Analu disse...

Pois é, Dinha! Acredito muito no amor!! Esse é o espírito da coisa hahahaha... Beijo, beijo!