segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Maioridade de voz!

Gratidão não é só dizer "obrigada". Perdão não é só um pedido de desculpas. Amar não é só dizer "eu te amo". As pessoas têm um costume chato de transferir a efemeridade do século XXI para seus relacionamentos. Já virou clichê dizer que o homem banalizou o amor. E eu nem concordo... Não é o amor que está banalizado, são TODOS os sentimentos! "Odeio fulano", "adoro ciclano", "vou morrer de tristeza", "te amo pra sempre"... Ser efusivo não é crime. Mas brincar com sentimentos deveria ser! Sobretudo quando se tem o sentimento de outra pessoa envolvido (e sempre tem).

Queria que um raio partisse ao meio a cabeça (e isso é eufemismo) da criatura que abre a boca pra dizer "desculpa, me confundi..." Tenha dó, né, minha filha/meu filho?! Sua confusão não merece sequer um coração dilacerado, tampouco um perdão! Hoje em dia, amor é mais lixo do que luxo. Só funciona em novela (que já é outro lixo também). 

As pessoas só deveriam ser capazes de falar quando já fossem maduras o suficiente pra assumir a responsabilidade de suas palavras! Evitaria que mais gente defecasse pela boca e faria com que muitos não precisassem daquele controle remoto do post anterior. Seria algo como uma "Maioridade de Voz": só abre a boca pra falar quem tem maturidade pra isso. Quer falar? Cresça! Talvez isso deva ferir os princípios da Democracia, mas evitaria ferir o coração (e os ouvidos) de muita gente também. Tudo em benefício da coletividade! Rsrs...

Falta mais sensatez. Se as pessoas só abrissem a boca pra dizer "Obrigada!" quando se sentissem realmente gratas; se só pedissem desculpas quando soubessem realmente o que fizeram de errado (e não pretendessem repetir); e se só divulgassem sentimentos reais, daria pra viver sem stress (exceto no trânsito). Conscientização deveria ser uma disciplina obrigatória nas escolas e faculdades!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Controlar a vida tem graça, sim!

Queria ter um controle remoto universal! Algo como aquele do filme Click, com Adam Sandler. 

Eu desligaria pessoas insuportáveis; adiantaria esperas sem fim (como a espera pelo listão da UFPE); daria um Pause em momentos confortáveis, para que durassem quanto tempo me fosse conveniente; retomaria sonhos interrompidos quando alguém me acordasse; interromperia sonhos ruins em que ninguém me acorda; voltaria no tempo para desfazer algumas das muitas besteiras que fiz e para fazer algumas das muitas besteiras que deixei de fazer; colocaria no modo silencioso aquela prima/amiga tagarela; etc. 

As pessoas, por não terem acesso a um controle remoto como esse, confortam-se, dizendo que a vida perderia a graça se pudesse ser controlada. Puro conformismo, puro comodismo. Vai dizer isso a quem já passou dos 60 anos! Não que eu já tenha passado... Mas, com meus recém completados 20 anos, começo a refletir sobre o que fiz (ou não fiz), faço (ou não faço) e farei (ou não farei) da minha vida e a me arrepender de muitas dessas coisas. Assim, fica fácil imaginar o nível de arrependimento de quem já tem mais de 6 décadas! 

E, por falar em "conformismo", odeio essa palavra. Ela tem uma carga monstruosa de comodismo, inércia, desilusão e preguiça. É o velho "deixa acontecer naturalmente" da música. É um tal de fazer o nada e esperar que o tudo aconteça. É deixar que os outros resolvam as coisas para você. É não ter amor próprio, mesmo... 

Isso chega a ser quase tão deletério quanto a "mentira". A diferença maior é que, na mentira, o resultado negativo vem pelo que você fez e, no conformismo, pelo que você deixou de fazer. E, parafraseando Millôr, nem todo mal necessário, necessariamente, gera um bem. Não adianta se conformar com o ruim, esperando que o bom caia do céu (ou que aquele controle remoto caia do céu, né?!). 

Desligue as pessoas insuportáveis da sua vida; arrume algo produtivo pra fazer durante as esperas sem fim; trabalhe para prolongar os momentos confortáveis; procure realizar mais ao invés de sonhar; faça as besteiras que tem que fazer de uma vez por todas; e dê um block naquela prima/amiga tagarela.

Controlar a vida tem graça, sim! 
Não me conformo em apenas esperar o destino.