Tava fazendo uma análise sobre mim e percebi que
não sou tão paciente quanto afirmo ser... Pra terem uma idéia, eu não assisto à
televisão, porque não suporto aqueles intervalos malditos, que serram a
programação em blocos. Não existe nada mais chato do que, no ápice do suspense,
da euforia e do interesse, ouvir a vinheta e ler o clássico “estamos
apresentando”. VISH! Daí até o “voltamos a apresentar”, o tempo se protela como
uma eternidade... (bocejo) É a maneira perspicaz que a mídia encontrou para manipular
o consumo e manter seu império de pé.
Mas, definitivamente, a parte mais insuportável na
programação são as novelas! Além de terem seus intervalos nos momentos mais inquietantes
da trama, as novelas mantêm SEMPRE um mesmo enredo irritante: mocinho e mocinha
se descobrem apaixonados; o vilão surge, cria o conflito e separa o casal; na
sequência, o vilão aprofunda o conflito; todos sofrem; o vilão se dá mal e se
arrepende; todos se perdoam; todos terminam felizes, apaixonados e com crianças
figurantes à tiracolo. A única variação costuma ser o destino do vilão que, ao
invés de se arrepender, pode sucumbir na sua própria maldade. É algo tão
previsível, que eu não consigo entender como AINDA tem feito sucesso... E o
pior é ver que os mocinhos sempre seguem o script do vilão, fazendo tudo completamente
diferente do que qualquer pessoa normal faria na “vida real”.
Por sorte, pra tentar sanar esse mal, criaram as séries de TV.
Uma versão diversificada de novela, que tem temporadas, mas, diferente de
Malhação, tem fim. É algo um tanto mais criativo e sofisticado (exceto as
versões brasileiras dessas séries), com variações maiores de enredo, mas com
episódios espaçados por um tempo muito mais comprido; o que faz parecer com
aquelas aulas do Fundamental em que a professora começava um filme na aula de
Ensino Religioso e só conseguia concluí-lo depois de quatro semanas de exibição.
A vantagem é poder fazer download e assistir às séries sem intervalos, mas com
o mesmo desconforto de um filme MUITO extenso.
E, por falar em filmes... Eu adoro assistir! Mas, com a
condição de permanecer com o controle remoto em mãos, para poder adiantar as
compridas cenas que atrasam seu “The End”. Rsrsrs... Dá pra imaginar, então,
que cinema, pra mim, é uma tortura, né?! Mas, dependendo da companhia (ou da
qualidade do 3D), costuma ser uma tortura agradável! Parece que o mundo para
dentro da sala de cinema. Quando as luzes vão se apagando, a sala vai se desconectando
do exterior... Nunca assisti a um filme no cinema que não me fizesse sair de lá
com a melhor das impressões sobre ele (e olhe que eu assisti até “Xuxa Requebra”
e “Pokémon 2000”, viu?!). Talvez eu não seja uma boa crítica, ou ceda
facilmente aos apelos da indústria cinematográfica... Ou talvez os dois. hahahahaha...
A verdade é que eu preciso repensar a minha paciência, ou o que realmente vale estimulá-la.
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