sábado, 19 de novembro de 2011

Gigante pela própria natureza!

Ultimamente tenho estado tão revoltada com tudo que venho assistindo em meu país... Não sou contra o Desenvolvimento, sou contra o desenvolvimento em detrimento da vida, seja ela de que tipo for.

É certo querer emergir, porém, com a devida percepção de que você não está sozinho nesse mundo. É preciso parar e reparar que existem pessoas em leitos de hospitais, aguardando por remédios que nossos representantes políticos desviam para o engrandecimento de suas contas bancárias; que existem crianças em salas de aula, vazias de motivação e repletas de insatisfação; que há pessoas vivendo em florestas, cujas águas inundarão seus lares, sem que ninguém tenha perguntado sua opinião; que existem árvores que "gritam" por socorro sem que ninguém ouça; animais clamando por um mínimo de respeito, sem que ninguém os dê atenção. E existe um bem maior, NOSSO, de fato e de direito (desde um certo grito, dado às margens do Ipiranga), pelo qual devemos zelar e amar: O Brasil. 

E eu odeio assistir o que estão fazendo com ele!

Vejo diariamente famílias em condições sub-humanas, sem o mínimo do básico (e não estou sendo redundante) no que diz respeito a alimentação, moradia, saúde e educação, que refletem toda a corrupção impregnada no Distrito Federal. Corrupção essa que nós mesmos alimentamos.

Dia após dia, nossas florestas parecem literalmente "sumir do mapa", retratando a ganância, a busca implacável pelo poder, a inconsequência e, principalmente, o descaso de pessoas que esquecem que "dinheiro NÃO se come"! Vale lembrar que não se trata de uma simples modificação em um desenho cartográfico. A redução do que antes representava tanto verde em nossa bandeira é real, não esquemática. Por isso, não vejo mais explicações para se cruzar os braços e esperar que alguém faça o que você sabe que ninguém fará sozinho. (capiche?)

Eu vejo a política brasileira como a mola propulsora da minha vergonha! E mais ainda: Eu vejo os brasileiros como o retrato do silêncio, resultado dessa vergonha que, aliada aos atuais padrões da Justiça no Brasil, cala esse sentimento de revolta dentro de nós. Como diria Martin Luther King: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Só quem pode conter essa situação somos nós mesmos. Basta querermos! E eu sei muito bem o que EU quero: Quero deixar para os meus filhos, netos e bisnetos um Brasil "gigante pela própria natureza", uma pátria digna da minha mão no peito, em respeito à sua bandeira e da minha cabeça erguida, por orgulho a seus preceitos.

Será que eu estou querendo muito?

Por: Analu Peixoto Barbosa