Sujeito

Percebi hoje, em junho de 2019, que essa página havia sido escrita há quase 4 anos atrás, em setembro de 2015. Então, ainda que eu não esteja hoje em um dos meus dias mais criativos e espontâneos para refazê-la, acredito que quaisquer 5 linhas escritas em 2019 representar-me-ão melhor do que os 13 parágrafos inteiros daquela descrição já completamente obsoleta.

Antecipo que essa página, em que sou obrigada a inserir meu ponto de vista pessoal sobre o indivíduo que me tornei, é uma das minhas maiores frustrações nesse blog, posto que nunca passará um dia sequer sem que eu reveja algum de meus pensamentos, mas esqueça de revisitar esse Texto.

Fazendo uma analogia com o Direito, a matéria à qual venho dedicando minha vida acadêmica e profissional desde 2013, escrever nessa página do blog é como ser parte de uma Assembleia Constituinte e sentir-me na obrigação de elencar aquelas que serão as cláusulas pétreas da minha Constituição Federal, os princípios fundamentais sólidos e imutáveis do Texto, que lançarão as bases da República Analu. O problema é que eu não consigo prever quais dispositivos são suficientemente perenes na minha personalidade para figurarem aqui, de modo que o Ordenamento como um todo acaba sendo vítima de uma inevitável Insegurança Jurídica. Porém, sigamos.

Meu nome é Analu Peixoto Barbosa, tenho hoje 26 anos, mas, na maior parte do tempo, sinto-me como se já houvesse chegado à casa dos 30. Sempre fui assim, sempre me senti à frente da minha própria idade (não obstante minha aparência aponte exatamente no caminho oposto), e, recorrendo à religião de minha família paterna, talvez seja porque meu espírito já esteja aí na estrada há um bocado de tempo.

Sou do signo de Capricórnio, mas tive a má sorte astrológica de ter um ascendente em Câncer no meu mapa-astral; o que pode significar muita coisa para aqueles que entendem do Zodíaco. (A propósito, quem souber o que uma Lua em Sagitário realmente significa, envie-me uma mensagem, por favor)

Meus pais acham que eu vivo num Fantástico Mundo de Bobby, mas a verdade é que eu gosto de analisar o comportamento das pessoas à minha volta e de criar situações hipotéticas para quase tudo. Em todo o caso, odeio que ME analisem, porque sempre me sinto pessoal e inconscientemente avaliada e pressionada a alcançar bons resultados em tudo o que faço.

Não gosto de televisão, preciso fazer um verdadeiro esforço para conseguir assistir a filmes e séries, mas me interesso especialmente pelos filmes espanhois, ainda não sei o porquê. Amo livros, sobretudo thrillers psicológicos e, como costumo iniciar várias leituras ao mesmo tempo, acabo terminando outras esquecidas apenas anos mais tarde. Adoro escrever, apesar de não gostar tanto assim dos meus próprios textos, e vejo na escrita um imenso potencial de transformação do indivíduo.

Defino-me como: exigente, verdadeira e leal. Eu tinha o hábito de incluir o adjetivo Paciente também nessa lista, mas, depois de alguns anos como Comissão de Formatura da minha turma da faculdade, descobri que, talvez, essa não seja mais uma virtude minha. Quanto às exigências, eu costumava substituí-las pela sutileza da palavra Perfeccionismo, até que entendi que me auto denominar perfeccionista é andar meio caminho em direção à frustração de descobrir, em cada resultado, que a perfeição não existe e tampouco pode ser unânime.

Sobre o último adjetivo, eu não sou de me fazer elogios e jogar confetes sobre a minha cabeça (nem tenho auto estima suficiente para isso), mas, nesse quesito, eu não alimento o menor pudor em escrever que a Lealdade é mesmo uma qualidade em minha personalidade e no meu relacionamento com as pessoas. Eu sou fiel a tudo o que acredito ser verdadeiro, aos meus sentimentos, às minhas convicções, às pessoas que convivem comigo; e até/principalmente às minhas expectativas rsssss É por isso que admiro, na mesma medida, pessoas sinceras e também convictas de suas verdades, ainda que essas verdades não sejam compatíveis com as minhas.

Acredito que essa descrição não será lida muitas vezes até o fim, então evitarei desenvolver ainda mais a minha prolixidade ficando por aqui mesmo. Espero não ser necessário reescrever minha descrição em menos de 5 anos, mas, se assim o tiver de fazer, que seja para alterar as primeiras linhas do parágrafo anterior e dizer que, finalmente, alcancei minha meta de vida de me amar TANTO a ponto de massagear, eu mesma, o meu próprio ego na frente dos outros sem sentir sequer a necessidade de criar ressalvas entre parênteses para reduzir o impacto negativo que uma auto estima muito elevada parece causar nas pessoas hoje em dia. 

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